O Teatro Jordão, em Guimarães, recebe esta quinta-feira, às 17h30, o debate ‘A Ferrovia no Minho: articular linhas, construir rede, servir o território’.
A sessão conta com intervenções de Frederico Francisco, Paulo Silvestre e André Fontes, da Escola de Arquitetura, Arte e Design (EAAD) da Universidade do Minho.
A moderação cabe a Diogo Ferreira Nunes, jornalista e autor do podcast ‘Sobre Carris’. A organização da iniciativa está a cargo dos professores André Fontes, Ivo Oliveira e Maria Manuel Oliveira, da EAAD e do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), a par do advogado Luís Tarroso Gomes.
O tema é considerado estratégico para a região, num período de intensa atividade política e de avanços na rede de alta velocidade, com os municípios a decidir sobre os seus sistemas de transportes e a constituição de uma rede ferroviária que articule os principais centros urbanos. Importa assim debater as caraterísticas desse sistema, os critérios para a sua viabilidade e sucesso, bem como estabelecer marcos temporais para a plena integração e com visão a longo prazo.
A entrada livre.
O Minho supera um milhão de habitantes e é dos maiores motores do país, exportando mais de 10 mil milhões de euros por ano.
No final do século XX, viu encerrar as linhas Famalicão-Póvoa de Varzim, Guimarães-Fafe e Valença-Monção. Neste século eletrificou-se os troços Ermesinde-Braga, Lousado-Guimarães e Nine-Valença, mas permanece a lógica de ramais, faltando criar uma rede entre as principais cidades.
Ou seja, viajar hoje de Braga a Guimarães, que sediam a Universidade do Minho, ou a Barcelos e a Viana do Castelo exige sempre mudar de comboio, o que gasta tempo e recursos, prejudicando a sociedade e as conexões aos principais espaços regionais, nacionais e internacionais.
A chegada da alta velocidade a Braga e Valença é então encarada como uma oportunidade histórica para a região.