O estudo ‘Integrar adaptações e mitigação para uma tomada de decisão resiliente às alterações climáticas’, do projeto europeu DISTENDER, classifica Guimarães como exemplo a seguir ao demonstrar que as cidades de média dimensão podem ser pioneiras em estratégias climáticas integradas, anunciou esta quarta-feira a Câmara vimaranense.
A exposição crescente aos riscos de calor urbano e inundações, associados à alteração do uso do solo e ao crescimento socioeconómico, o aumento dos custos de saúde associados à mortalidade relacionada com o calor, que se prevê que se intensifique em cenários de emissões mais elevadas, e os desafios na harmonização do planeamento local com os quadros climáticos mais amplos de nível nacional e europeu foram as principais problemáticas observadas no município.
De seguida, o grupo de trabalho identificou estratégias para mitigar estes impactos, incluindo “um planeamento climático integrado com recolha sistemática de dados locais, a avaliação conjunta de mitigação e adaptação, levando a estratégias mais coerentes e resilientes, e a cocriação local, com forte envolvimento do município, empresas, academia e cidadãos, garantindo apropriação e viabilidade”.
Destaque ainda para a expansão de soluções baseadas na natureza em áreas verdes e bacias hidrográficas para gerir inundações e ondas de calor.
Refira-se que Guimarães aderiu ao projeto DISTENDER para reforçar a sua governação climática, resiliência urbana e proteção da saúde.
“Enquanto área urbana de média dimensão, o estudo de caso destaca como as administrações locais podem conciliar as ambições políticas europeias com as realidades a nível municipal”, refere a autarquia.
O projeto fornece aos decisores uma metodologia abrangente para identificar, avaliar e priorizar estratégias de adaptação e mitigação das alterações climáticas de forma integrada. Nesse sentido, combina modelação climática, cenários socioeconómicos, avaliação de riscos, análise de custos-benefícios e envolvimento de stakeholders, fazendo a ponte entre a ciência e a política.
Através de abordagens participativas, o projeto reúne cientistas, empresas, governos, decisores políticos e cidadãos para cocriar estratégias que abordam os desafios climáticos do mundo real.






