O Tribunal de Braga está a repetir o julgamento do diretor de uma agência do banco SantanderTotta, em Esposende, que é suspeito de o ter burlado, em 2010, em 269 mil euros. O caso, julgado no Tribunal de Braga em 2015 e com condenação do arguido, envolve Fernando Amaro Capitão de 46 anos, que nega o valor. Está acusado por ter cometido crimes de, falsificação de documento e burla qualificada.
No primeiro julgamento e perante o coletivo de juízes, o ex-gerente disse que quis ajudar a ex-mulher em dificuldades financeiras. No entanto, discordou do montante exigido, afirmando que nem todas as operações contabilísticas, deram em dívida.
O MP sustenta que, face à dívida de uma loja para bebés da mulher, traçou um plano: abriu uma conta à ordem de um cliente fictício, e criou 830 limites de conta ‘a descoberto’, em oito contas à ordem de seis clientes.
Com isso, movimentou contas a débito, ocultou saldos devedores e despistou o controlo do subdiretor. Falsificou, ainda, as assinaturas de cinco clientes em 87 impressos de levantamentos de 412 mil euros, e aprovou 45 operações de crédito de 655 mil (12 por livrança e 33 em desconto comercial).
Nas operações utilizou as contas bancárias da mulher, do falecido sogro, de um primo e da mulher, de um amigo de adolescência, bem como uma conta co-titulada por um tio e pelo pai. Falsificou a assinatura da sogra em talões de levantamento em dinheiro. E usou, sem autorização, a conta de um amigo.
Em sua defesa, arguiu que efetuou pagamentos para amortizar os 269 mil euros que, na altura, reconheceu por escrito, mas qua agora contesta, dizendo que “as operações contabilísticas não prejuízo”.
Luís Moreira (CP 8078)