O CDS-PP declarou, esta quinta-feira, o apoio à candidatura de Luís Marques Mendes a Presidente da República, considerando que é aquela que “melhor representa o espaço político” em que o partido se insere. O apoio divide o partido.
“A Comissão Executiva do CDS-PP, reunida ontem [quarta-feira] à noite, decidiu declarar institucionalmente apoio à candidatura de Luís Marques Mendes às eleições presidenciais de 18 de janeiro de 2026″, refere uma nota enviada à agência Lusa.
Marques Mendes, o político que (já) foi quase tudo e agora quer ser Presidente
O CDS-PP justifica que a candidatura do antigo líder do PSD (partido com o qual o CDS-PP se tem coligado nos últimos atos eleitorais) é aquela que “melhor representa o espaço político em que o CDS-PP se integra”.
O partido destaca o “percurso político e à experiência do candidato”, bem como o seu “conhecimento das competências exigidas no exercício da função”, e a “capacidade de diálogo e de garantia de estabilidade”.
De acordo com relatos feitos à agência Lusa, Luís Marques Mendes participou num jantar na quarta-feira, com dirigentes do CDS-PP que integram a Comissão Executiva do partido.
Segundo fontes que estiveram presentes, nessa ocasião foi transmitido o apoio do partido à candidatura do antigo líder social-democrata
Em 29 de outubro, o Conselho Nacional do CDS-PP esteve reunido para debater o tema das presidenciais.
DIVISÃO INTERNA
Nesse dia, o presidente do partido indicou que, com o antigo líder do partido Paulo Portas fora da corrida a Belém, o partido iria apoiar um dos candidatos já conhecidos e que essa candidatura seria decidida posteriormente pela Comissão Executiva.
Nuno Melo assinalou que “o CDS é um dos partidos que integra a AD e está no Governo” e que era necessário ponderar “as circunstâncias de facto” na escolha de um candidato a apoiar, dando a entender que a escolha poderia ser Marques Mendes.
Esta indicação de voto não é consensual no partido. No início do mês, o líder do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues, declarou o seu apoio pessoal à candidatura de Henrique Gouveia e Melo, e também o antigo líder centrista Francisco Rodrigues dos Santos já o tinha feito.
Já a Juventude Popular, estrutura que representa os jovens do CDS-PP, decidiu não apoiar nenhum candidato nas presidenciais do início do próximo ano.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.
Além de Luís Marques Mendes (que conta com o apoio do PSD e agora também do CDS-PP), anunciaram as suas candidaturas António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal) e Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), entre outros.
Segundo o portal da candidatura, do Ministério da Administração Interna, há mais 31 cidadãos que se encontram a recolher assinaturas para uma candidatura à Presidência.
Com SIC






