O Partido Democrata dos EUA classificou esta quinta-feira como ultrajante a ameaça do Presidente, Donald Trump, de aplicar a pena de morte a congressistas democratas que acusa de incitarem militares a desobedecer a “ordens ilegais” do Governo.
“Trump acaba de pedir a pena de morte para os congressistas democratas. Absolutamente ultrajante”, escreveu o partido na sua conta oficial na rede social X, enquanto líderes democratas na Câmara dos Representantes condenaram a “retórica violenta e inflamatória” do Presidente.
Horas antes, Trump sugeriu publicamente a pena capital para os seis congressistas democratas – todos ex-militares ou antigos oficiais dos serviços de informação – que divulgaram um vídeo no qual afirmam que militares e agentes “podem recusar-se a cumprir ordens ilegais”.
O Presidente reagiu na plataforma Truth Social com a mensagem: “Comportamento sedicioso, punível com a morte!”, voltando a acusar os opositores de serem traidores.
Os seis congressistas afirmaram que “este Governo está a colocar os militares e profissionais de inteligência contra cidadãos americanos”, alertando que “as ameaças à Constituição vêm não só do estrangeiro, mas também de dentro de casa”.
Líderes democratas pediram que Trump apague as publicações “antes que alguém seja morto”, lembrando que a desobediência a ordens ilegais é um princípio fundamental do controlo civil das Forças Armadas.
A posição dos congressistas recebeu também o apoio de um grupo que diz representar mais de 360 antigos militares e diplomatas, que acusou a Casa Branca de transformar “um princípio jurídico fundamental numa divergência política”.
O Governo de Trump tem sido criticado pela utilização das Forças Armadas em operações internas e externas sem justificação legal.
Trump enviou a Guarda Nacional para cidades governadas por democratas, como Los Angeles e Washington, D.C., alegando aumento da criminalidade, apesar das reservas das autoridades locais.






