O grupo parlamentar do PCP exige à ministra do Trabalho esclarecimentos sobre o lay-off por um período de seis meses de 250 trabalhadores e a extinção de um número indeterminado de contratos de trabalho a termo incerto na fábrica da Coindu de Joane, Famalicão.
No documento a Maria do Rosário Palma Ramalho, os comunistas começam por referir que a Coindu beneficiou de 3,9 milhões de euros do PRR- Plano de Recuperação e Resiliência, além de outros 200 mil do Estado, entre 2021 e 2022. Apesar destes de apoios estatais, o Grupo Coindu, fundado em 1988, tem agora em curso um novo despedimento coletivo de 258 trabalhadores na fábrica de Joane, situação que acontece “poucos meses depois do despedimento de 137 trabalhadores, aplicação de lay-off e extinção de muitos contratos a termo”.
Dizendo que “perante esta situação, o Governo não pode ficar indiferente”, o PCP afirma que “há fundadas evidencias que se pode tratar de um processo de deslocalização”.
“(…) Após a venda do capital social da Coindu, há suspeitas de que a nova administração está a proceder à derivação de novas encomendas para outras latitudes, como o norte de África, utilizando para tal instrumentos como o lay-off para que seja o Governo Português a financiar parte dessa deslocalização”, apontam os comunistas.
É neste contexto, que o PCP quer saber o que o Governo vai fazer para salvaguardar os postos de trabalho e direitos dos trabalhadores despedidos, e se tem conhecimento de que o processo de despedimento faz parte de um processo de deslocalização.
O partido quere ainda saber se “houve contactos com a administração da empresa, por forma a o Estado compreender que a mesma pretende com a “reorganização da estrutura””, argumento a que a empresa recorreu para justificar o lay-off.
Os comunistas finalizam questionando o Executivo de Luís Montenegro sobre o custo para o erário público do processo de lay-off em curso e que “terminou com o despedimento do número de trabalhadores semelhante ao que estava abrangido pelo processo” de “reorganização da estrutura” da empresa dedicada à produção de capas para assentos de automóveis.
Fernando Gualtieri (CP 7889)






