A Companhia Nacional de Bailado sobe ao placo da sala principal do Theatro Circo, em Braga, esta sexta-feira, pelas 21h30, para apresentar peças de dois criadores fundamentais da dança: George Balanchine e Ohad Naharin. Os papéis solistas cabem aos bailarinos Filipa de Castro, Tiago Amaral, Miyu Matsui e Francisco Morais.
Representam duas visões coreográficas singulares que, apesar da distância entre épocas em que foram criadas, se cruzam num mesmo palco, evidenciando a pluralidade de linguagens que podemos encontrar na dança.
Em 1941, Balanchine coreografou ‘Balustrade’ para o Ballet Russe, ao som de Concerto para Violino em Ré, de Stravinski. Três décadas depois, volta a esta mesma partitura, mas sem se conseguir lembrar da coreografia original. Este evento conduz à criação de uma nova obra, que segue de forma fiel a partitura: uma abertura, Toccata, e um final, Capriccio, encerram duas árias centrais, que formam pas-de-deux contrastantes para dois casais.
Com uma partitura eclética que vai de Dean Martin ao mambo, do techno à música tradicional israelita, ‘Minus 16’, de Ohad Naharin, recorre à improvisação e ao aclamado método Gaga por si criado, que se baseia na compreensão e pesquisa de movimento, através da conexão entre corpo e mente.
Em ‘Minus 16’, Naharin partiu de peças anteriores para desenvolver uma nova obra, um trabalho de reorganização que, para o coreógrafo, cria possibilidades de olhar as suas obras de diferentes ângulos, enquanto confere uma coerência ao seu trabalho.
No dia anterior, quinta-feira, a Mestre de Bailado da Companhia Nacional de Bailado, Peggy Konik, ministra a já esgotada aula de Técnica de Dança Clássica a alunos das escolas locais, inserida no ciclo Formas de Fazer.
Os bilhetes para Balanchine/Naharin estão disponíveis a 15 euros (7,5 euros cartão Quadrilátero) na bilheteira do Theatro Circo, locais habituais e online em https://theatrocirco.bol.pt/