O cometa Lemmon vai atingir o seu ponto mais próximo da do planeta esta terça-feira – o que significa que é a melhor oportunidade que vai ter para o observar.
É a primeira e única aparição do C/2025 A6, mais conhecido por Lemmon (devido ao observatório que o descobriu) em mais de mil anos, tornando a sua passagem pelo céu uma situação verdadeiramente única na vida.
O Lemmon coincide com uma Lua Nova o que, por natureza, deixa o céu mais escuro e, por isso, poderá facilitar ainda mais a observação do cometa.
Para o encontrar, procure um brilho verde suave, perto das constelações de Escorpião ou Balança, a oeste no horizonte.
Para melhorar ainda mais o momento, esta terça-feira assinala-se ainda o pico da chuva de estrelas das orionídeas.
O Lemmon começou a ser visível a partir da Terra no início deste mês e deverá ainda percorrer os nossos ceús até ao dia 1 de novembro. Será na noite de Halloween, no dia 31 de outubro, que o cometa atingirá o seu brilho máximo e, portanto, também nessa data deverá ser visível.
“Embora seja divertido vê-lo com só com os olhos, recomendo a utilização de binóculos e a captura de fotografias com um bom telemóvel ou uma máquina fotográfica digital. Assim conseguirá ver melhor a cauda”, afirmou Rhonda Stroud, diretora do Centro de Estudos de Meteoritos na Universidade Estadual do Arizona, em Tempe, nos EUA, ao National Geographic Portugal.
A olho nu, o cometa pode parecer uma espécie de estrela, meio difusa. Já nas fotografias, aparece como uma faixa verde brilhante e uma longa cauda.
O tom verde deve-se à presença de carbono diatómico, explica o National Geographic Portugal. Trata-se de uma molécula que, ao ser decomposta pelo sol, emite luz verde.
Já a cauda, que pode assumir uma tonalidade azul-clara, é, na realidade, duas caudas distintas. A primeira é formada por gelo e poeira do próprio cometa. A segunda, é feita de iões, à medida que se aproximam do sol, são estimulados e geram então essa luz.