O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, presidiu esta sexta-feira à inauguração do Space Hub, um novo centro de inovação dedicado à investigação, desenvolvimento e colaboração no sector espacial, localizado no Palácio Vila Flor.
Guimarães Space Hub (GSH) afirma-se como um espaço de colaboração entre alunos e investigadores da Universidade do Minho e CEiiA, assim como dos parceiros Força Aérea Portuguesa, GEOSAT, NEO e CTI Aeroespacial, envolvidos na Constelação do Atlântico e na recém-criada New Space Alliance.
O governante afirmou que a soberania da União Europeia exige que seja “um dos principais atores no espaço”, sublinhando a importância do setor espacial para a segurança e defesa.
“Portugal tem de ter a capacidade de se integrar — este projeto é prova disso mesmo”, disse Fernando Alexandre, citado pelo Grupo Santiago.
Já o presidente do Guimarães Space Hub, Jorge Cabral, igualmente citado por aquele órgão de comunicação vimaranense, destacou a ambição e o impacto do projeto: “Esperamos estar preparados para os desafios da competitividade, segurança e soberania. O Guimarães Space Hub deve contribuir para a evolução científica e tecnológica do new space [novo espaço, em tradução literal]. A tecnologia espacial pode ainda ajudar a resolver problemas na Terra.”
Por sua vez, o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, destacou o alinhamento do projeto com a missão académica: “Um excelente exemplo do que a Universidade deve fazer para responder à sua missão: contribuir para uma região e um país mais forte”.
OBJETIVOS
O GSH tem como objetivo contribuir para a evolução científica e tecnológica de Portugal na área do New Space, criando uma ligação mais próxima entre o meio académico e a indústria.
A resolução de desafios societais complexos nas áreas da qualidade de vida, combate às alterações climáticas e sustentabilidade a partir da cidade e da Região Norte é outro dos objetivos da iniciativa.
A atividade do GSH será desenvolvida através de programas científicos anuais com alunos e investigadores, bem como de iniciativas dirigidas às novas gerações, em áreas que vão das tecnologias e sistemas espaciais à inteligência geoespacial e novas formas de construção, energia e mobilidade.
O hub nasce como parte de um ecossistema em fase de consolidação que envolve parceiros internacionais em torno da Constelação do Atlântico, o novo sistema europeu de satélites de observação da Terra para aplicações nas áreas da defesa, segurança e sustentabilidade.