A Lituânia vai fechar a fronteira com a Bielorrússia e abater todos os balões que entrem no seu espaço aéreo, afirmou a primeira-ministra, Inga Ruginienė, após uma reunião do conselho de segurança desta segunda-feira: “Nenhum ataque híbrido será tolerado”, disse.
“Estamos a tomar as medidas mais rigorosas para impedir tais ataques”, disse Ruginienė em conferência de imprensa. “As forças armadas tomarão todas as medidas necessárias para abater os balões”, acrescentou.
A fronteira está atualmente encerrada com base numa decisão temporária tomada pela força fronteiriça do país e um novo encerramento por tempo indeterminado vai ser discutido e deve ser aprovado na reunião governamental desta quarta-feira.
O Governo já redigiu a ordem, que inclui apenas exceções muito limitadas para os cidadãos lituanos e da UE – bem como para o correio diplomático -, que ainda podem passar pela fronteira.
OPERAÇÕES RUSSAS?
As autoridades lituanas fecharam o espaço aéreo sobre Vilnius quatro vezes na semana passada e três vezes no fim de semana devido a balões da Bielorrússia que violaram o espaço aéreo do país. Mais de 170 voos foram interrompidos, afetando mais de 30 000 passageiros.
O Centro Nacional de Gestão de Crises informou que os sistemas de radar que controlam o espaço aéreo lituano detetaram 66 objetos que viajavam da Bielorrússia para a Lituânia no domingo à noite, cerca do dobro do número registado na noite anterior.
Os balões, utilizados pelos contrabandistas para transportar cigarros da Bielorrússia, são suspeitos de serem operações híbridas russas. Como resultado, a Lituânia está a considerar penas mais duras para o contrabando, incluindo prisão.
Ruginienė disse ainda que a Lituânia vai pressionar a União Europeia para que aprove sanções adicionais à Bielorrússia e não excluiu a possibilidade de invocar o artigo 4 da NATO, que exige discussões urgentes com os aliados quando um membro receia que a sua segurança esteja em risco.
O embaixador da Lituânia na NATO disse na semana passada que a questão deveria ser tratada como um problema interno e não como um assunto da aliança.
Com CNN






