Utentes amontoados no interior, longas horas de espera e apenas um médico em funções. É este o cenário descrito por um cidadão que esteve, nas últimas horas, no Hospital de Braga e que garante ter obtido a informação diretamente junto da receção da unidade hospitalar.
Segundo o mesmo relato, o interior do serviço encontrava-se cheio, com doentes visivelmente cansados após muitas horas de espera, enquanto o exterior do hospital permanecia praticamente vazio. A situação torna-se ainda mais crítica quando se analisam os tempos de atendimento indicados.
Utentes com pulseira amarela, correspondente a casos urgentes, estariam a aguardar cerca de 12 horas para serem atendidos. Já os doentes triados com pulseira verde, considerados menos urgentes, acumulavam mais de 16 horas de espera, sempre de acordo com dados fornecidos pela receção do hospital.
O cidadão sublinha ainda que, naquele momento, estaria apenas um médico a prestar atendimento, o que poderá ajudar a explicar o congestionamento registado no interior do serviço de urgência.
O episódio levanta, mais uma vez, dúvidas sobre a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, em particular num hospital de referência como o de Braga, e reacende a discussão em torno da falta de profissionais e das condições oferecidas a quem procura cuidados médicos urgentes.
Até ao momento, não foi possível obter uma reação oficial da administração hospitalar sobre esta situação concreta.






