Christian Brueckner, o principal suspeito no caso de Madeleine McCann, deverá ser libertado já no próximo dia 17. A pena de prisão que cumpria pela violação de uma mulher norte-americana, no Algarve, em 2005, chega ao fim nesse dia.
Era esperado que o alemão pudesse continuar atrás das grades, por causa de multas, no valor de 1446 euros, que tinha por pagar – coimas de uma condenação anterior – mas um doador mistério garantiu que isso não seria um obstáculo à sua libertação.
Em declarações à SIC, o Ministério Público (MP) alemão garantiu que Brueckner continua a ser o único suspeito do desaparecimento de Maddie McCann.
O MP alemão diz que não deverá haver nenhuma outra acusação ou pedido de emissão de mandado de detenção antes de ser libertado, pelo que a libertação deverá mesmo acontecer.
ÚNICO SUSPEITO
Durante o último julgamento, o arguido foi submetido à avaliação de um perito psiquiátrico que concluiu que é de esperar que volte a cometer crimes, em particular crimes sexuais.
“Este perigo mantém-se, uma vez que o arguido não recebeu qualquer terapia durante o período de reclusão”, adiantou o procurador do MP alemão também à SIC.
Como medida de prevenção, o Ministério Público alemão solicitou ao Tribunal de Comarca de Hildesheim a aplicação de medidas de vigilância, como a pulseira eletrónica.
Sobre o caso Maddie, o MP mantém Brueckner como “único suspeito” uma vez que, “em cinco anos de investigação” nada foi encontrado “que pudesse afastar as suspeitas”, nomeadamente “nenhuma prova que o ilibasse, nenhum álibi, nenhum indício de que não pudesse ter estado no local do crime”.
“Para nós, Christian Brueckner continua a ser responsável pela morte de Madeleine. Ele é o único suspeito. Não há, nem houve, qualquer outro suspeito”, disse ao canal.