A comunidade de Dume, em Braga, está revoltada com a repetição de rituais espirituais e práticas consideradas desrespeitosas no cemitério local. As imagens captadas no dia 29 de julho, e entretanto partilhadas por moradores nas redes sociais, mostram vestígios dessas ações, provocando um profundo sentimento de indignação na população.
“Infelizmente, não é a primeira vez que nos deparamos com este tipo de cenário”, lamenta um popular, sublinhando que o cemitério deve ser um local de “respeito, silêncio e memória” e não um “palco de rituais obscuros ou práticas estranhas”.
A comunidade recorda que o cemitério é um lugar sagrado, onde repousam familiares e amigos queridos, e onde os vivos se recolhem para homenagear a memória dos que partiram. A utilização deste espaço para finalidades espirituais ou rituais não alinhados com esse espírito é vista como uma afronta à memória dos falecidos e uma falta de respeito por quem visita o cemitério com dor ou saudade.
“Estes atos não são apenas uma violação das regras que regem o uso deste espaço. São, sobretudo, uma falta de consideração por todos os que aqui vêm com o coração apertado”, reforça a mesma fonte.
Recorde-se que este tipo de práticas é expressamente proibido. Mais do que uma questão legal, trata-se de proteger a dignidade dos mortos e a serenidade de quem procura um momento de paz entre os túmulos dos seus entes queridos.
A comunidade apela diretamente à consciência dos autores destes atos, pedindo reflexão, empatia e respeito. “Este não é um lugar para exibicionismos nem para experiências espirituais às custas da paz alheia.”
O apelo final é claro: “Enquanto comunidade, temos o dever de cuidar deste espaço — não apenas com flores e arranjos, mas com uma atitude de reverência e elevação. Que nunca nos falte a empatia, nem a coragem de dizer: basta.”
As autoridades locais estão a par da situação e é expectável que reforcem a vigilância no local, para garantir que o cemitério de Dume volte a ser respeitado como espaço de memória, oração e recolhimento.