O Braga para Todos critica o executivo autárquico liderado por Ricardo Rio pela “aposta em veículos movidos por combustíveis fósseis para a muito aguardada renovação da frota de autocarros dos Transportes Urbanos de Braga (TUB)”.
Para Pedro Augusto daquele movimento político, a decisão de optar pelo gás natural “vem colocar o último prego no caixão da ilusão de mobilidade sustentável em Braga, antiga bandeira” de Rio.
“Para o Braga para Todos desde 2013, os bracarenses assistem a um desfile de intenções em tornar Braga, uma cidade modelo da mobilidade sustentável e inclusiva, dando seguimento às recomendações e exemplos das melhores práticas europeias, incluindo um plano de mobilidade urbana sustentável que promove o desenvolvimento equilibrado de todos os modos de transporte considerados, ao mesmo tempo que incentiva a mudança para os modos de transporte mais sustentáveis, mas até agora nada aconteceu”, afirma aquele responsável em comunicado enviado à nossa redacção.
Para Pedro Augusto a “futura compra de autocarros a gás natural sublinha a falta de prioridade a considerações éticas, como o combate às consequências do aquecimento global e a preservação do meio ambiente, tendo em conta as nefastas emissões por queima do gás natural e as suas origens variadas, que podem incluir técnicas de extracção via fracturação hidráulica (fracking), técnica proibida na maior parte da Europa devido às consequências terríveis para os lençóis de água, entre outras.”
Comparando, a opção do executivo municipal pelo gás natural com a alternativa eléctrica que tem origem nacional e, na sua maior parte, renovável, resta o critério económico que “ é dificilmente defensável dado a possibilidade de financiamento público do preço entre um autocarro eléctrico e o seu equivalente a diesel, acrescidos dos custos de operação de um veículo eléctrico, que são uma fracção dos custos de operação de veículos propulsionados por motores de combustão interna, tornando-os mais económicos desde o início operacional.
“Para quando uma mobilidade sustentável em Braga?”, pergunta Pedro Augusto.
FG (CP 1200)