A InvestBraga apresentou uma candidatura de cerca de 7 milhões de euros — dos quais 65% serão financiados por fundos comunitários e 35% assegurados pelo município – do Bio-MedTech Hub, um centro de inovação em ciências da vida e da saúde, anunciou esta quarta-feira a autarquia em comunicado.
Este polo de investigação contará com 22 espaços laboratoriais (incluindo quatro laboratórios especializados em Microscopia, Microbiologia, Biologia Molecular e Cultura Celular), 16 escritórios, 6 salas de reunião (62 lugares) e um auditório com capacidade para 144 pessoas, criando condições para a instalação de cerca de 110 postos de trabalho altamente qualificados.
Após a aprovação da candidatura, apresentada através da Startup Braga ao Programa Regional NORTE 2030, o Bio-MedTech Hub ficará instalado junto ao Forum Braga, prevendo-se o arranque das obras em 2026 e a entrada em funcionamento em 2028.
“PROJETO ESSENCIAL”
Para Ricardo Rio, citado no comunicado, presidente da Câmara de Braga, este é um “projeto essencial para a afirmação da cidade enquanto referência internacional na economia do futuro”.
“Com o Bio-MedTech Hub, e após a atribuição do título Rising Innovative City pelo Conselho Europeu de Inovação, no âmbito do prémio Capital Europeia da Inovação 2025, Braga prepara-se para consolidar a sua posição como polo europeu de inovação em ciências da vida e da saúde, atraindo investimento, talento e empresas de alto valor acrescentado”, afirma.
EMPRESAS INTERESSADAS
No comunicado, a autarquia pormenoriza que, além de espaços físicos, o Bio-MedTech Hub disponibilizará serviços técnicos e especializados, tais como o acesso a equipamentos avançados (microscopia, cultura celular, realidade virtual aplicada à saúde, entre outros); o acompanhamento técnico em regulamentação, certificação, propriedade intelectual, I&D laboratorial e prototipagem; a ligação a redes internacionais de conhecimento, ensaios clínicos e investigação aplicada; e a interação direta com investidores e entidades do setor das ciências da vida e da saúde.
De acordo com a autarquia, mais de 20 empresas já manifestaram formalmente interesse em integrar o Hub como residentes, beneficiando da sua oferta tecnológica e colaborativa, bem como da ligação a parceiros estratégicos e redes internacionais.
Entre elas destacam-se startups de referência no panorama nacional e europeu, como a RUBYnanomed, PeekMed, BestHealth4U e AI4MedImaging — quatro das 16 empresas portuguesas já financiadas pelo EIC Accelerator, programa da Comissão Europeia que apoia startups inovadoras com forte potencial de impacto global.
O comunicado adianta que o projeto reúne um consórcio robusto de parceiros estratégicos, incluindo a Universidade do Minho (através de Centro de Investigação como o ICVS, CEB, CQ-UM e CMEMS), o 2CA – Centro Clínico Académico de Braga, o INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, o IPCA, o CCG/ZGDV, a P-BIO e várias empresas de base tecnológica e conhecimento intensivo.