A Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) Famalicão anunciou esta quarta-feira que não irá apresentar uma candidatura própria às Eleições Autárquicas de 2025.
Esta decisão inédita, “difícil, mas consciente”, fica a dever-se, explica o Bloco em comunicado, com a necessidade de um “período fundamental para o fortalecimento interno” do partido e de um “aprofundamento da sua intervenção política no concelho”.
Os bloquistas famalicenses explicam que os próximos quatro anos serão dedicados “a reforçar a sua presença junto da comunidade”. O objetivo é manter uma “presença ativa, determinada e constante nas ruas, junto das populações, dos trabalhadores, dos estudantes e dos reformados”.
Paralelamente, este período será de “reforço da atividade política e de mobilização” dos seus militantes e ativistas.
O BE já tem objetivos traçados para as autárquicas de 2029. O partido pretende empregar este período temporal para, dentro de quatro anos, apresentar “uma alternativa socialista forte, coesa e enraizada”.
Esta futura plataforma política terá como eixos centrais “as pessoas, a habitação, o combate às alterações climáticas, os direitos sociais e a dignidade do trabalho”.
Apesar de não ir a votos, o Bloco de Esquerda deixa uma “mensagem clara” para as eleições de 12 de outubro: “É necessário derrotar a maioria de direita que domina o concelho.”
Apela, assim, a um “voto com consciência” e demarca-se não só da maioria atual PSD/VDS, mas apela à constituição de uma “barreira sólida” contra a “extrema-direita e da direita ultraliberal tão perigosa quanto a primeira”.
O conclui apelado ao voto noutras forças políticas da sua família ideológica: “É tempo de votar à esquerda, por justiça social, por democracia e por um futuro solidário para Vila Nova de Famalicão.”