A base das Lajes, nos Açores, recebeu 12 aviões reabastecedores da Força Aérea norte-americana, mas fontes do departamento de Defesa dos Estados Unidos não comentam se a presença destas aeronaves está relacionada com a situação no Médio Oriente.
Na quinta-feira, estavam na base das Lajes oito aeronaves de reabastecimento aéreo da Força Aérea norte-americana, segundo fotografias divulgadas numa página nas redes sociais dedicada à aviação nos Açores.
Segundo a Lusa constatou no local, esta sexta-feira estavam 12 aeronaves de reabastecimento aéreo na infraestrutura.
Questionada sobre a presença destas aeronaves nas Lajes, fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) disse apenas que “o Comando Europeu dos EUA acolhe habitualmente aviões militares (e pessoal) dos EUA em regime transitório, em conformidade com acordos de acesso a bases e sobrevoo com aliados e parceiros”.
“Para além disso, não temos mais nada a partilhar”, acrescentou.
A Lusa perguntou se era habitual a presença deste número de aeronaves nas Lajes e se estava relacionado com a situação no Médio Oriente.
Questionou também se estava previsto um aumento de movimento de aeronaves militares na base das Lajes.
Na quarta-feira, a Lusa já tinha questionado o Departamento de Defesa dos EUA sobre um possível reforço da atividade militar nas Lajes, devido à situação no Médio Oriente, mas foi dito apenas que naquele dia não havia alterações a anunciar.
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José Correia Guedes, antigo piloto e especialista em aviação, adiantou à TSF, que a última vez que a Base das Lajes teve tantas aeronaves norte-americanas “foi durante a Guerra do Iraque”, uma invasão ao país que começou a 20 de março de 2003. “Aliás, nessa altura eu próprios os vi lá nas Lajes”, sublinha.
José Correia Guedes avança ainda que as aeronaves na Base das Lajes são versões militares de aviões civis transformados em aviões-tanque.
“Estes aviões têm autonomia mais do que suficiente para atravessar o Atlântico e chegar a qualquer ponto da Europa sem abastecer. Se eles estão estacionados nas Lages, provavelmente é porque esperam clientes”, esclarece. No fundo, isto significa que existirão aviões de combate sem autonomia a precisar de reabastecimento durante o voo.
Com TSF