João Rodrigues, candidato da coligação Juntos por Braga à Câmara Municipal, acusou, esta sexta-feira, o candidato da coligação PS/PAN, António Braga. de “pôr em risco” o BRT.
Estas palavras do candidato social-democrata surgem após o líder da coligação Somos Braga ter avançado com uma providência cautelar para travar o metro bus, contrato que seria assinado esta sexta.
Em nota às redações, João Rodrigues diz que a construção do BRT “é uma opção clara por um transporte público de maior qualidade, segurança e fiabilidade”.
“Esta é uma solução que, a par de várias outras, irá oferecer mais conforto e qualidade de vida aos cidadãos de Braga, melhorando a mobilidade na cidade. É uma solução de futuro que não se esgota em si própria, uma vez que permite a evolução do sistema para outros patamares e opções”, afirma o candidato da coligação PSD/CDS/PPM.
Recorda que “o BRT foi anunciado em 2023, numa cerimónia presidida pelo então primeiro-ministro do Partido Socialista, António Costa” e que de então até ao agora, “todos os partidos com assento na Câmara e na Assembleia Municipal de Braga apoiaram e votaram sempre a seu favor”.
MENTIR
João Rodrigues sublinha que o BRT terá “financiamento comunitário, na ordem dos 75 milhões de euros, que implica a execução integral do projeto até junho de 2026”.
“Estes 75 milhões de euros só virão para Braga se o projeto estiver concluído nesta data. E para que fique muito claro, não é possível, de modo algum, aplica-los numa outra solução. São as regras da União Europeia e do contrato que a Câmara Municipal de Braga assinou com o Governo”, afirma. “Dizer o contrário é, pura e simplesmente, mentir.”
“Assim e muito estranhamente, a cerca de uma semana das próximas eleições autárquicas, o entretanto candidato do Partido Socialista anuncia que vai interpor uma providência cautelar no sentido de travar a execução do projeto”, diz.
CANDIDATURA ESGOTADA
“Contra a palavra dada pelo seu próprio partido, e de todos os outros, diga-se, o entretanto candidato do PS decidiu agora pôr em risco a solução BRT, de uma forma muito simples: atrasar o processo para que este não obtenha o financiamento previsto. Para que Braga não receba os 75 milhões de euros já garantidos. Sem outra perspetiva, sem outra razão, sem outra intenção que não seja o de dar palco a uma candidatura que já nasceu esgotada e que não tem sido outra coisa senão uma reminiscência de um tempo de que os bracarenses não têm saudades”, atira.
E remata: O tempo dos constantes prejuízos financeiros, das adjudicações irresponsáveis e faraónicas, que ainda hoje estão a ser pagas por todos nós, das piscinas olímpicas pagas e abandonadas, dos campos sintéticos dez vezes mais caros que o suposto, da tentativa de destruição das Sete Fontes e de um sem número de outras barbaridades que tais.”