O candidato do Bloco de Esquerda desafia o atual vereador do Urbanismo e candidato pela coligação Juntos por Braga, João Rodrigues, a “resolver imediatamente” as causas da sinistralidade e dos engarrafamentos nas zonas que circundam os estabelecimentos escolares em Braga.
“É apenas uma questão de vontade política a solução para este problema que preocupa a comunidade escolar e as famílias há décadas”, afirma António Lima, em nota ao PressMinho/O Vilaverdense.
O candidato bloquista à autarquia e Alexandra Vieira, candidata à Assembleia Municipal, referindo que o excesso de tráfego automóvel nas imediações dos estabelecimentos escolares em Braga “é um problema antigo”, acusam o atual Executivo Municipal do PSD/CDS/PPM de não ter concretizado quaisquer soluções
Constatando que “o automóvel continua a ser o meio mais usado para fazer chegar os alunos às escolas”, o Bloco diz que “o excesso de automóveis conflitua com o transporte coletivo e cria longas filas de trânsito para chegar e para sair”, além de que “o pára-arranca constante contribui para o aumento dos níveis de poluição do ar e do ruído, afetando os residentes na envolvente”.
Num dos acessos “a uma das escolas de Braga com maior número de alunos, “o transporte coletivo, por sua vez, aguarda nas longas filas e quando chega às paragens que servem a escola, atrasado, para na faixa de rodagem, já que as baías das paragens ou são inexistentes ou estão ocupadas por automóveis estacionados”. Na mesma escola, “que não identificam), os candidatos verificaram ainda que “só existe uma passadeira, distante das paragens e impercetível, o que leva os alunos a fazer o atravessamento da via por entre os automóveis em circulação”.
“Não é de admirar que a sinistralidade nestes locais da cidade seja elevada”, apontam.
PROBLEMA CRÓNICO
“Se por um lado, nas horas de ponta, cada automóvel tenta entrar nas ruas de acesso e furar as filas compactas, por outro, a falta de sinalização das passadeiras, que além de raras, não são elevadas, o que coloca todos os dias em perigo milhares de crianças e de jovens na cidade de Braga. Este perigo real faz com que as famílias continuem a levar os filhos à escola de automóvel. Está, pois, criado um círculo vicioso que urge resolver”, diz António Lima.
Para este antigo sindicalista, o “problema crónico tem solução imediata” e que “há muito que deveria estar resolvido”. “O Executivo Municipal teve tempo para o fazer, mas optou por varrer o problema para debaixo do tapete, apesar do número elevado de atropelamentos.”
“Só depende da vontade do Executivo a sua solução: diminuir a intensidade do tráfego automóvel nas imediações dos estabelecimentos escolares, implementar medidas de abrandamento da velocidade, como as lombas, elevar passadeiras, destacá-las com sinalização horizontal e vertical e iluminação. É também essencial criar corredores dedicados aos transportes coletivos e à mobilidade suave, bem como criar baías nas paragens dos autocarros bem sinalizadas e fiscalizar a sua ocupação por veículos particulares”, diz.
Os candidatos consideraram ainda que “peca por tardia e por ser avulsa a recente colocação de lombas na Rua Padre Francisco de Almeida, a um mês das eleições autárquicas”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)