Candidatos do Bloco de Esquerda de Braga denunciaram, esta terça-feira, o estado em que se encontra o serviço prestados pelos transportes públicos no distrito e as ‘dores de cabeça’ que passa a quem é obrigado a usá-los no seu dia a dia.
Em conferência de imprensa, os candidatos do Bloco de Barcelos, Braga, Esposende, Guimarães, Vila Verde e Vizela revelaram as dificuldades que passaram ao realizar os seus percursos, confirmando as queixas dos utentes.
A frequência deficitária dos transportes coletivos, percursos que não correspondem às necessidades de todas as populações, a incapacidade de os operadores cumprirem os horários estabelecidos – “sobretudo, mas não só, nas crescentes horas de ponta” –, e o afastamento de um grande número de potenciais utilizadores pela inexistência de oferta em períodos ‘pós-laborais’, que “na realidade não o são para muitos trabalhadores e estudantes” são os problemas detetados.
Referindo que o Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART) reduziu, com a compra de passes mensais, as tarifas das deslocações efetuadas dentro do concelho ou da respetiva Comunidade Intermunicipal (CIM), os bloquistas criticaram “a desproteção para quem realiza deslocações pendulares que atravessam municípios de diferentes CIM”.
“Também os utilizadores ocasionais, obrigados a deslocarem-se a serviços apenas existentes nos concelhos mais populosos ou na capital do distrito, são confrontados com preços e tempos de viagem que não incentivam o uso de transportes coletivos”, denunciaram.
Os candidatos reiteraram o que têm proposto nas suas plataformas políticas às autárquicas: a expansão da ferrovia no distrito de Braga e o alargamento da oferta pública de transportes coletivos, “tendencialmente gratuitos”, desígnio que “tem de ser articulado compreendendo os territórios de forma alargada: regional”.
“Sendo muito importante encontrar os adequados instrumentos para garantir a mobilidade – ferrovia, metro de superfície, BRT, autocarros, etc. – nas heterogéneas localidades, os municípios têm a obrigação de investir na sustentabilidade dos seus territórios, cuidando do ambiente e da qualidade de vida dos cidadãos, que não podem ficar reféns dos transportes individuais no seu dia-a-dia”, sublinharam.
Fernando Gualtieri (CP 7889)