O candidato da coligação PS/PAN à Câmara de Braga, António Braga, questionou esta quarta-feira o anúncio da adjudicação da obra do Nó de Infias e defendeu que essa infraestrutura não resolve os problemas de mobilidade da cidade.
“A 15 dias das eleições, há legitimidade política para impor uma infraestrutura desta dimensão ao próximo presidente de Câmara, seja ele quem for?”, questiona o líder da coligação Somos Braga (PS-PAN), em comunicado.
António Braga considera que esta infraestrutura não resolve os problemas de mobilidade da cidade e que “apenas vai empurrar mais trânsito para o centro, sobrecarregando ainda mais essa zona da cidade”.
“Nesta fase, a prioridade devia ser investir na construção da segunda circular, que permitirá desviar o tráfego para a periferia e aliviar o congestionamento urbano”, defende, sublinhando que, com essa solução, “quem vem de fora da cidade, dos concelhos periféricos, não teria de passar pelo centro da cidade para chegar ao trabalho, por exemplo”.
Braga aponta também o anúncio de que a empreitada do metrobus será adjudicada nos primeiros dias de outubro, ainda antes das eleições. O candidato do PS refere que “esta solução para a cidade é rejeitada por 9 dos 10 candidatos à Câmara Municipal”. “Decisões destas são sempre um compromisso de várias décadas e milhões de euros, pelo que devia existir diálogo”, considera.
O concurso público para a empreitada de reformulação do nó de Infias, localizado na interceção da EN101 (Variante EN101/EN201) com a EN14 (Circular Norte/Variante EN14), foi lançado em maio deste ano pela Infraestruturas de Portugal.
Com um preço base de 14,5 milhões de euros e um prazo de execução de 660 dias, a intervenção tem como objetivos melhorar a circulação e a segurança rodoviária, aumentar a capacidade de escoamento de tráfego, requalificar as ligações da EN101 à Avenida António Macedo e as saídas da cidade de Braga.
De acordo com a Câmara de Braga, “o nó de Infias constitui atualmente um dos pontos mais críticos de congestionamento de tráfego na cidade, situado numa zona residencial e de intensa atividade comercial e de lazer”.
“A obra contempla intervenções fundamentais, como a criação de novos ramos de ligação entre a EN101 e a EN14, a reformulação de acessos rodoviários e pedonais, trabalhos de terraplenagem, drenagem, pavimentação, sinalização e segurança rodoviária e execução de obras de arte especiais”, conclui a nota.