Cerca de 10 pessoas envolvidas no processo autárquico na União de Freguesias de Torre e Portela foram condenadas em tribunal com penas pecuniárias elevadas por factos ‘anormais’ ocorridos no dia 1 de Outubro.
Segundo o Tribunal, na mesa n.º 2, em Portela, foram “descarregados vários votos em nome de pessoas não presentes, inclusive de uma pessoa hospitalizada na altura”. O presidente da Junta da União de Freguesias, João Manuel Fernandes, não comenta “situações lamentáveis”.
Segundo o que O Amarense apurou, os elementos da mesa e os eleitores que infringiram a lei foram multados com penas avultadas, decididas em função do salário declarado. Houve quem tivesse pago 500 euros de multa. Um dos punidos, por dificuldades financeiras, terá que prestar serviço comunitário em contrapartida.
Alguns populares ouvidos na freguesia de Portela manifestaram a sua surpresa “por ter havido uma denúncia de uma prática conhecida de todos há mais de 20 anos”. E vão mais longe: “já houve mais actos eleitorais com mais do que uma lista, mais disputado do que este e nunca ninguém fez nada. Curiosamente, nesta eleição, alguém que, se calhar já usufruiu disso, fez a denúncia”.
As mesmas pessoas, reunidas junto da reportagem, referiram que “não é muito difícil perceber de onde pode ter partido a denúncia porque, segundo consta, na última Assembleia de Freguesia alguém tocou neste assunto”.
Pedro Antunes Pereira (CP 5930 A)