A GNR desmantelou uma organização criminosa dedicada ao fabrico de lanchas rápidas em Portugal utilizadas no tráfico de droga de cartéis espanhóis e após buscas feitas de norte a sul do país foram detidos mais de 30 suspeitos, avança esta sexta-feira acordo o ‘Jornal de Notícias’.
Militares do Núcleo de Investigação Criminal da Unidade de Intervenção da GNR detetaram uma rede internacional que utilizava um armazém na Estrada Nacional 118 – entre Samora Correia e Alcochete -, perto do rio Tejo, para o fabrico de ‘lanchas voadoras’ utilizadas para traficar cocaína e haxixe.
No entanto, as buscas das autoridades estenderam-se para Viana do Castelo, Monção, Vila Nova de Cerveira e Valença, locais tradicionalmente procurados pelos traficantes para a produção de lanchas. Foram apreendidas pelo menos três lanchas na unidade industrial de Monção, sendo que os responsáveis sabiam que as embarcações seriam usadas no tráfico de droga.
O Comando-Geral da GNR confirmou que a operação de grande envergadura esteve no terreno há vários dias, mas as diligências ainda não estão concluídas.
Os mais de 30 suspeitos foram levados para o Tribunal de Santarém para serem interrogados por um juiz de instrução criminal.
As narcolanchas fabricadas pela organização eram lançadas à água ainda em Portugal: a seguir, deslocavam-se até ao local onde os fardos de cocaína boiavam à espera de serem recolhidos e transportavam a droga até à costa espanhola.
No caso do tráfico de haxixe, as lanchas ‘voadoras’ faziam a viagem até Marrocos e voltavam a Espanha. Numa ou noutra situação, as embarcações eram abandonadas ou queimadas após a entrega dos carregamentos de estupefacientes.