Arranca este fim-de-semana mais uma ‘Rota das Colheitas’ de Vila Verde, a ‘maratona’ que convida a “sentir e saborear o melhor do mundo rural”. De Agosto a Novembro, são mais de 50 eventos associados à agricultura e ao mundo rural, em quatro meses de manifestações genuínas, num périplo que atravessa todo o concelho de Vila Verde.
A Festa das Colheitas – cuja realização foi este ano remetida para 15 a 19 de outubro, após as eleições autárquicas agendadas para o domingo anterior – é o ponto alto da programação, que a presidente da Câmara, Júlia Fernandes, identifica como “um dos momentos mais privilegiados na afirmação da identidade e das tradições do concelho”.
Na apresentação do programa que vai decorrer de 1 de agosto a 30 de novembro, Júlia Rodrigues Fernandes partilhou o «desafio aberto a todas as gerações», agradecendo a mobilização dos diferentes parceiros Na Rota, desde as Juntas de Freguesia, associações, estruturas e grupos religiosos, escolas, IPSS, empresas e movimentos cívicos.
«A riqueza e a diversidade dos eventos programados Na Rota das Colheitas são um convite a sentir e saborear o melhor do mundo rural. São uma demonstração fortíssima da dinâmica socioeconómica do concelho e do impacto da aposta estratégica de Vila Verde num desenvolvimento sustentado na aliança entre tradição e modernidade», defende a autarca.
TRADIÇÕES, SABORES E SABERES E CULTURA POPULAR
Desfolhadas, malhadas de milho, centeio e feijão, uma espadelada de linha, vindimas e pisadas, a confeção de cerveja de lúpulo, magustos e festivais de broa de milho fazem parte do rol das mais diversas atividades tradicionais da agricultura que podem ser «apreciadas e revividas».
São também um pretexto para dar a saborear a gastronomia do mundo rural, das típicas merendas lavradeiras aos emblemáticos pratos de arroz de feijão e o pica-no-chão, assim como o famoso Pudim Abade de Priscos. Em todos os eventos, não falta a animação popular, com a etnografia, o folclore e os cantares ao desafio.
ARRANQUE EM CABANELAS, FREIRIZ E PICO DE REGALADOS
Gastronomia, animação tradicional, noites culturais e um arraial marcam, neste fim de semana, o arranque da programação Na Rota das Colheitas, com atividades em Cabanelas, em Freiriz e na União de Freguesias de Pico de Regalados, Gondiães e Mós.
PICO DE REGALADOS COM NOITES TEMÁTICAS
Espetáculos musicais e teatro, ligados às gentes e às atividades da agricultura no mundo rural, mobilizam diferentes coletividades para as Noites Temáticas que vão decorrer esta sexta-feira e no sábado na Vila do Pico de Regalados.
FREIRIZ REALIZA CONVÍVIO DE VERÃO
Em Freiriz, a animação com atividades tradicionais e gastronomia vai decorrer durante os dois dias junto à igreja paroquial, sob organização da Junta de Freguesia e do Grupo de Jovens da freguesia. O ‘Convívio de Verão’ marca o reencontro de gentes de todas as idades e diferentes proveniências.
CABANELAS TEM ‘ARRAIAL N´ALDEIA’
Em Cabanelas, o ‘Arraial N’Aldeia’ vai estender-se de sexta-feira a domingo, no Centro Escolar, sob organização do Agrupamento de Escuteiros. O Rancho Folclórico de Cabanelas, um Sunset no sábado, seguido da atuação de Miguel Costa e Marta & Amigos, e os After-party com DJ Cisco fazem parte da animação.
ARRAIAL DO MELÃO EM SOUTELO DE 8 A 10 DE AGOSTO
Para o fim de semana de 8 a 10 de agosto, está reservado o XIV Arraial do Melão Casca de Carvalho que decorrerá em Soutelo, organizado pela Junta de Freguesia. No sábado, em Aboim da Nóbrega, é recriada a Malhada de Centeio, na Eira da Pena, no Zebreiro.
Em agosto, destacam-se ainda eventos como a Malhada de Feijão e o Arraial do Emigrante a ter lugar na Loureira, o Letra Harvest Fest no centro de Vila Verde e, a encerrar o mês, a desfolhada e o festival folclórico da associação de Godinhaços – Ribeira do Neiva.
PROGRAMAÇÃO ATÉ NOVEMBRO
Para setembro, estão previstos os Fins de Semana Gastronómicos dedicados ao arroz de cabidela de Frango Pica-no-Chão (em Ponte S. Vicente) e às Papas de Sarrabulho e Rojões (no Alívio), assim como a AGRIDOCE em Cabanelas e uma espadelada de linho no Museu do Linho e do Mundo Rural em Marrancos.
A Festa do Caldo do Pote em Sabariz foi antecipada para 20 de setembro – também por causa das eleições autárquicas em outubro –, num fim de semana em que terão ainda lugar a Festa das Colheitas em Parada de Gatim, a par da Feira Tradicional e Noites Temáticas em Duas Igrejas – Ribeira do Neiva, numa celebração promovida pelo grupo de Zés Pereiras ‘Os Frujeiras’.
As comemorações do Dia Mundial do Turismo, a Festa das Colheitas na Vila de Prado e em Escariz S. Martinho, uma malhada de tremoços em Turiz, vindimas, pisada de uvas e a festa do vinho preenchem igualmente a programação de setembro.
A Festa da Maçã em Revenda-Travassós, uma malhada de milho e festival de broa em Atiães, os Sabores da Terra em Escariz S. Martinho, a Tradição dos Nossos Avós com o Ciclo do Pão de Milho e a desfolhada em Oriz S. Miguel são eventos marcados para outubro, a anteceder as eleições autárquicas e a Festa das Colheitas em Vila Verde.
Até final de outubro há mais atividades para diferentes gostos e sensibilidades, como as Feiras Novas do Pico de Regalados, um Festival de Pica-no-Chão em Coucieiro, o magusto da Lage e os Sabores de Outono em Esqueiros.
Na Rota das Colheitas regista a 9 de novembro o evento mais internacional de toda a programação, com a Festa do Caldo do Pote na Alemanha, numa replicação assumida por ‘caldeireiros’ de Sabariz e pelo grupo de restaurantes do Club Português, em Dusseldorf.
O mesmo mês abre espaço às Sopas de Burro Cansado em Cabanelas, à Feira do Cogumelo e da Castanha em Sande e à Festa do Sarrabulho em Coucieiro. Completam a programação do último mês o Festival da Sardinha na Broa em Valbom S. Martinho, um arraial de arroz de feijão com pataniscas em Moure, um magusto em Aboim da Nóbrega e uma mostra final dedicada a doces e sabores da terra nas pastelarias do concelho.
“O objetivo é atrair milhares visitantes e valorizar o nosso património e o nosso concelho, as nossas freguesias e as nossas gentes, com uma programação que, de forma pedagógica, estimula a participação dos mais novos aos mais velhos, transmitindo de geração em geração a marca identitária do território e das gentes locais”, defendeu Júlia Fernandes.