O presidente da Ucrânia reuniu-se esta segunda-feira, em Londres, com os líderes francês, alemão e britânico em Londres, um “momento decisivo” para os aliados europeus de Kyiv no esforço dos Estados Unidos para acabar com a Guerra russa na Ucrânia.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reuniu-se com Volodymyr Zelensky, o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz na residência oficial do líder britânico, em Downing Street, para tentar fortalecer a posição da Ucrânia face à “crescente impaciência” do presidente dos EUA, Donald Trump, noticia a agência Associated Press (AP).
“Isto é o mais longe a que chegamos em quatro anos, e saudamos o facto de que essas negociações prossigam a todos os níveis”, disse o porta-voz de Starmer, Tom Wells, acrescentando: “Não há uma linha reta entre conflito e paz”.
O “trabalho intenso” continuará nos próximos dias, embora “ainda existam questões pendentes”, acrescentou.
Já o gabinete de Macron afirmou que a sessão permitiu aos líderes “continuar o trabalho conjunto sobre o plano dos EUA, a fim de o complementar com contribuições europeias, em estreita coordenação com a Ucrânia”.
VON DER LEYEN PRESSIONA
Também esta segunda-feira, a presidente da Comissão Europeia, von der Leyen, revela que esta tarde se reuniu no Coalition of the Willing em que teve a oportunidade de comunicar ao presidente Volodymyr Zelenskyy “duas prioridades fundamentais” da União Europeia: apoio à Ucrânia e aumento da preparação de defesa europeia.
Este comunicado da presidente da Comissão Europeia surge numa altura em que se intensificam as negociações de paz lideradas pelos EUA e cresce a pressão sobre Kiev para aceitar um acordo que pode incluir concessões territoriais.
No centro das discussões está a proposta de Bruxelas para um empréstimo de reparações destinado a cobrir as necessidades de financiamento da Ucrânia em 2026 e 2027. O plano prevê mobilizar 90 mil milhões de euros, cerca de dois terços das necessidades totais do país.
A proposta baseia-se nos saldos de caixa produzidos pelos ativos russos imobilizados, que seriam utilizados para reparações. Mas enfrenta resistência da Bélgica, onde está sediada a Euroclear, que detém a maior parte dos 210 mil milhões de euros de ativos russos congelados na União Europeia.
Com ECO






