A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) reuniu com o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, com a competitividade industrial e a adaptação das empresas do Norte às mudanças económicas em curso na Europa na agenda do encontro.
Durante a reunião, que contou com a presença de António Cunha, presidente da CCDR-N, aquela associação empresarial, com sede em Braga, entregou duas “propostas estruturantes” destinadas “a apoiar o tecido empresarial da região e a reforçar a capacidade de resposta do país perante desafios emergentes”, revelou esta terça-feira a AEMinho.
A associação acredita que as propostas podem resultar, nomeadamente na criação, no Minho, entre 5 mil a 8 mil novos empregos, na requalificação 150.000 trabalhadores e no aumento de 20% da produtividade nas empresas aderentes.
O presidente da AEMinho justifica as propostas agora entregues ao ministro com a tutela da Economia, com o contexto económico atual que obriga “a uma resposta assertiva e coordenada que proteja o nosso tecido empresarial”.
“Estas propostas são instrumentos concretos para garantir competitividade, proteger emprego e posicionar o Minho e o país na vanguarda da inovação, acompanhando e antecipando cenários que serão incontornáveis no futuro próximo”, afirma Ramiro Brito,
O empresário sublinha que intenção “é sermos proativos e não reativos, por um lado, aproveitando as vantagens que a dimensão periférica da nossa economia pode ter no contexto marco económico europeu e mundial, tornando essa circunstância num fator de competitividade e interesse económico, por outro”.
PROPOSTAS
O primeiro documento, intitulado ‘Pacote de Medidas para Mitigar o Impacto das Novas Tarifas sobre o Aço na Indústria Portuguesa’, propõe uma resposta nacional coordenada às novas tarifas europeias sobre o aço e ao mecanismo CBAM.
Como medidas são propostas com medidas como uma linha de crédito bonificado; majoração fiscal; vales de engenharia digital e IA; programa ‘Menos Aço por Unidade de Produto’; incentivos à reciclagem; task force interministerial; e “representação ativa” junto da UE.
Nas contas da AEMinho aponta como impactos estimados: 414M€ de custo público em 3 anos; mais de 830M€ de investimento privado mobilizado; proteção de 5000 a 8000 empregos; impacto acumulado no PIB entre 150M€ e 250M€.
O segundo documento, ‘Programa Nacional de Upskilling e Reskilling para a Era da IA (PNUR-IA), parte de um contexto em que muitas profissões irão desaparecer e outras irão surgir.
Deste modo, o programa propõe incentivos fiscais e instrumentos de formação para acelerar a capacitação digital e tecnológica dos trabalhadores, promovendo o seu reskilling ou upskilling, adaptando-os às novas necessidades do mercado: crédito fiscal de 150%; depreciação acelerada; isenção parcial de TSU; vale formação IA; fundo nacional para requalificação; incentivo a entidades formadoras certificadas.
De acordo com a associação minhota, o pograma tem com impactos estimados: 150.000 trabalhadores requalificados; aumento de 20% da produtividade nas empresas aderentes; investimento público de 1,005B€ com retorno económico superior a 3,78B€; ROI fiscal direto de 154%.
Fernando Gualtieri (CP 7889)






