O ministro da Coesão Territorial desafiou esta sexta-feira o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) a reunir entidades à mesma mesa para que consigam encontrar soluções que ponham fim aos incêndios florestais.
“Acho que devia assumir a missão de juntar todas as entidades. Fecham-se numa sala e só saem de lá quando tiverem encontrado uma solução. Tem aqui uma boa tarefa.
Juntam-se numa tarde à porta fechada e só saem quando o assunto estiver resolvido”, afirmou Manuel Castro Almeida no discurso de encerramento da sessão ‘NORTE 2030 – Conservação da Natureza e Biodiversidade’, promovida pela CCDR-N, que decorreu em Ponte da Barca.
No seu discurso, perante responsáveis de autarquias, do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e, entre outros, de entidades gestoras das áreas protegidas da região, Castro Almeida referiu que “tem de haver alguma coisa que acabe com os incêndios”, como por exemplo a utilização de cabras sapadoras.
“Sentados, num ambiente construtivo, à volta de uma mesa com sentido de serviço público, com a inteligência que têm e com a ligação ao território que têm”, sugeriu. Para o ministro, “não há ninguém melhor para encontrar uma solução para este problema”.
“Não vale a pena, andamos todos a defender a nossa dama e chegamos ao fim e vemos os resultados dos incêndios. Isto é trabalhar para aquecer. Isso é incompetência da nossa parte. Ou encontramos a solução para isto, ou não merecemos o ordenado que ganhamos. Incêndios com esta dimensão, com esta rotina e nós, conformados, continuamos sem decidir se são cabras sapadoras ou outra solução qualquer”, afirmou Castro Almeida.
PROTOCOLO
Durante a iniciativa foi assinado o protocolo de constituição e dinamização da rede temática ‘Conservação da Natureza e Biodiversidade Mais a Norte’, que reforça a articulação técnica e institucional entre as entidades responsáveis pela gestão e valorização das áreas protegidas.
O “protocolo pretende promover a cooperação, o intercâmbio de conhecimento e a sustentabilidade territorial, num esforço coletivo de preservação do património natural e dos ecossistemas do Norte”.






