O Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, decidiu alargar a proibição do uso de telemóveis a professores e funcionários, nos espaços onde circulam alunos — como corredores, recreios e zonas comuns. A medida, inédita no concelho, pretende que os adultos “deem o exemplo”, reforçando o ambiente de concentração e convivência dentro da escola.
A decisão surge na sequência da norma do Ministério da Educação, que desde o início do ano letivo proíbe o uso de telemóveis pelos alunos do 1.º e 2.º ciclo, recomendando o alargamento da restrição até ao 3.º ciclo, sempre que partilhem o mesmo espaço escolar.
Segundo a direção do agrupamento, a intenção é “promover uma cultura de atenção e respeito no espaço escolar”, evitando que professores e funcionários estejam distraídos com o telemóvel durante os momentos de interação com os alunos.
A medida, contudo, tem gerado contestação entre docentes e diretores de outras escolas, que a consideram “excessiva” e de difícil aplicação prática. Há quem defenda que o telemóvel é uma ferramenta de trabalho indispensável para comunicações internas, registos ou até situações de emergência.
Apesar das críticas, a iniciativa poderá servir de modelo para outros estabelecimentos de ensino, caso venha a demonstrar resultados positivos na melhoria do ambiente escolar.
Por agora, o agrupamento de Famalicão tornou-se pioneiro na extensão da regra aos adultos, num passo que procura uniformizar comportamentos e reforçar a coerência entre o que se exige e o que se pratica dentro da escola.