A Comissão de Utentes da ULS de Braga considerou esta sexta-feira “inadmissível” a decisão da administração do hospital em não renovar os contratos de trabalho de 60 enfermeiros e 40 auxiliares.
Em nota à imprensa, a comissão afirmando que a decisão do Hospital de Braga acontece “ao mesmo tempo que os profissionais de saúde, são obrigados a suportar longas jornadas de trabalho devido á falta de contratações”.
Refere que, apesar do hospital atende uma população de 1,2milhão de pessoas, necessitando assim de “mais investimento público, mais profissionais de saúde e de novas infraestruturas, como um bloco operatório adicional”, a administração, em vez de reforçar os serviços, a “opta por degradar as condições de trabalho e de atendimento”
Para a comissão, a decisão “enfraquece o SNS e cria condições para justificar a entrada da PPP, já conhecida pelas suas consequências negativas”.
Dizendo que a gestão privada daquela unidade hospitalar se em gestão “pouco transparente”, “contratos questionáveis”, precariedade laboral e “forte pressão” sobre os profissionais de saúde, defende que hospital não precisa de uma PPP.
“Precisa sim de investimento do Estado, contratação de mais profissionais de saúde e respeito pelos utentes e profissionais”, conclui, solidarizando-se com “os profissionais que foram postos na rua”.
Fernando Gualtieri (CP7889)