Afirmando que elevada abstenção “deveria envergonhar e fazer pensar os candidatos”, o Movimento de Cidadania Contra a Indiferença, a comemorar o seu quarto ano de existência, desafio os candidatos às autárquicas em Braga para que assumam, durante a campanha eleitoral, “a responsabilidade de liderarem o combate à abstenção”.
Referindo os 43.06% de abstenção no concelho de Braga nas autárquicas de 2021, o coordenador do Movimento, Paulo Sousa afirma os candidatos devem refletir sobre a responsabilidade que lhes cabe polo afastamento dos cidadãos das urnas, “não deixando essa obrigação para os eleitores como tem acontecido de forma mais visível e afirmativa por parte do Movimento nos últimos quatro anos”.
Em comunicado, Paulo Sousa sublinha que “este é o momento da verdade” para “um combate que é de todos, com todos, para todos, sem exclusão de ninguém”.
Dirigindo-se às forças políticas que no próximo dia 12 vão a votos em Braga, Sousa diz que têm 10 dias para convencer os eleitores das suas propostas, mas também para “convencer os indecisos e os que habitualmente não vão às urnas para que o façam”.
“Ao longo da pré-campanha, o que se viu, leu e ouviu foi pouco ou quase nada em torno desta Indiferença dos cidadãos em Braga, o que não deixa de ser um sintoma de que algo vai mal na relação dos querem ser eleitos com os seus potenciais eleitores”, lamenta, considerando que 43.06% de abstenção (cerca de 72 mil eleitores) é “um número que deveria envergonhar e fazer pensar os candidatos”.
Deplora que até ao momento não se tenha vislumbrado por “ação direta” das candidaturas qualquer estratégia de “combate efetivo” a estes números.
CAMPANHA
Por sua vez, o Movimento lança, no próximo sábado, a campanha ‘No dia 12 leva-me contigo’, oferecendo em contactos na rua, no mercado e nos cafés, uma esferográfica para que “ninguém se esqueça da sua responsabilidade e do seu dever de votar no próximo dia 12 de outubro”.
Tal como aconteceu nas últimas eleições legislativas, o Movimento distribui as esferográficas nos dias 11 e 12, dia de reflexão e de votação, mas, sublinha Paulo Sousa, “não deixando de solicitar o parecer à Comissão Nacional de Eleições, conforme aconteceu no ato eleitoral de 18 de Maio”.
Fernando Gualtieri (CP7889)