O Loteamento de Santo António, em Braga, está preocupado com o trânsito automóvel pelo seu interior, que, usando um acesso com circulação proibida, foge ao trânsito da Estrada Nacional 201, que liga a cidade à Vila de Prado, em Vila Verde.
Em comunicado ao PressMinho/O Vilaverdense, Nuno Guerreiro, porta-voz do loteamento, explica que os moradores enfrentam “um grave problema de segurança rodoviária” que resulta do tal “acesso automóvel não legalizado”, localizado junto à empresa Prozis, permitindo, assim, que “um número significativo” de veículos passe pelo interior do bairro- “uma área predominantemente residencial e familiar” – como “alternativa para desviar-se do trânsito da EN201”.
“O resultado é um fluxo de veículos em alta velocidade, que põe em risco a segurança de crianças e famílias que utilizam o espaço exterior para lazer e brincadeiras”, afirma aquele engenheiro.
Sublinha que “a situação é particularmente perigosa”. “A segurança dos moradores é uma prioridade, exigindo medidas urgentes e eficazes para mitigar este risco.”
Daí o apelo dos moradores por soluções que promovam a acalmia do tráfego, protegendo a integridade física dos residentes e devolvendo a tranquilidade ao loteamento.
SOLUÇÕES
Nuno Guerreiro avança com soluções. Para além do “fecho imediato do acesso ilegal”, “a medida mais crucial”, os moradores sugerem “uma combinação de intervenções ativas e passivas que têm provado a sua eficácia em contextos semelhantes”.
O encerramento definitivo da passagem de terra batida junto à Prozis “é o primeiro e mais importante passo”, afirma, sustentando que “a sua falta de legalização e a sua função como atalho perigoso tornam o seu encerramento imperativo devendo funcionar apenas como ecovia”.
A implementação de sinalização vertical “(sinais H46 e G4a)” que designe o loteamento como ‘Zona Residencial’ ou de ‘Coexistência’, alertando “os condutores para a necessidade de prudência e baixa velocidade (20 a 30 Km/h)”, é outra solução.
O aumento do número de passadeiras, “sobrelevando-as para criar um desnível, é uma solução de baixo ruído e altamente eficaz para obrigar os veículos a abrandar”.
“Ao contrário das lombas tradicionais, esta medida minimiza o impacto sonoro, respondendo a preocupações sobre o ruído excessivo”, refere.
Os moradores do loteamento sugerem ainda a aplicação de traçados de diferentes formas e cores na via já que podem “ajudar a criar nos condutores a necessidade de moderar a velocidade, incentivando-os a abrandar”, uma solução que referem ter sido usada com sucesso noutros locais.
“Em experiências passadas (em outros locais de residência), a instalação de mecanismos redutores de velocidade, como aumentar o número de passadeiras sobrelevadas, demonstrou ser altamente eficaz. A oposição a estes instrumentos, geralmente, provém de quem não respeita os limites de velocidade estabelecidos. O consenso, no entanto, é de que são ferramentas essenciais para forçar a redução da velocidade e aumentar a segurança”, sustenta Nuno Guerreiro.
Fernando Gualtieri (CP 7889)