Pelo menos três pessoas ficaram feridas, cerca de 140 foram identificadas e 70 foram detidas, esta quinta-feira em França, numa jornada de greves e manifestações organizadas por todos os sindicatos contra as medidas de austeridade, com confrontos e incidentes em várias cidades.
Os três feridos em Lyon (um polícia, um manifestante e um jornalista), cidade situada a cerca de 278 quilómetros a sudeste de Paris, foram as consequências mais graves dos diversos incidentes ocorridos, incluindo a ocupação pacífica da sede do Ministério da Economia.
No início da manifestação em Paris, ao início da tarde, as autoridades estimaram em 264 mil o número de manifestantes em todo o país, ao passo que a secretária-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT, uma das duas principais centrais sindicais), Sophi Binet, apontava para 400 mil.
Cerca de três horas mais tarde, a CGT anunciou que “mais de um milhão de pessoas” em toda a França participaram nas manifestações desta quinta-feira convocadas pelos oito sindicatos franceses, numa tentativa para influenciar as escolhas orçamentais do novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu.
Trata-se de um número superior ao da última grande mobilização contra a reforma das pensões em França, em junho de 2023, que reuniu 900 mil pessoas, segundo o mesmo sindicato. As autoridades ainda não forneceram um número nacional.
O protesto, apoiado pela maioria dos sindicatos, tinha sido convocado no final de agosto contra os cortes de 44 mil milhões de euros previstos pelo Governo do anterior primeiro-ministro, François Bayrou, no orçamento de 2026, para reduzir a dívida pública.
Com Agências