O grupo Polopiqué, em Santo Tirso, decidiu fechar duas unidades dedicadas ao fabrico de vestuário e tecelagem, uma decisão que deixou quase 300 pessoas sem trabalho. A empresa garante que vai respeitar todos os direitos dos funcionários, mas os profissionais ainda não receberam os papéis para o fundo de desemprego.
Esta segunda-feira, cerca de 80 trabalhadores da Polopiqué Tecidos e da Cottonsmile, unidades do Grupo Polopiqué, concentraram-se à porta da empresa na tentativa de obter mais informações sobre pagamentos em atraso e entrega da documentação que permita o acesso ao subsídio de desemprego.
Há cerca de duas semanas que os trabalhadores souberam que iriam ser despedidos, mas não esperavam que ao fim deste tempo a documentação que lhes permitiria aceder ao subsídio de desemprego não lhes tivesse sido enviada. Continuam também com o salário de agosto em atraso, bem como o subsídio de férias.
A reunião com a administração prevista para esta segunda-feira acabou por não acontecer. No entanto, já fez saber, através de comunicado, que ia assegurar todos os direitos dos funcionários, o que, para já, não tem acontecido.
A Rádio Vizela adianta que os trabalhadores voltam, esta terça-feira, ao mesmo local e assim continuar até que obtenham as respostas que anseiam por parte da gerência do Grupo Polopiqué.
A empresa encerrou estas duas unidades de tecelagem e confeção, mas há ainda outras em funcionamento, numa altura em que o processo de insolvência já está a decorrer.