Na sequência dos incêndios que recentemente afetaram diversas áreas nortenhas, a empresa Águas do Norte identificou as origens de água e respetivas afluências com maior risco de contaminação por cinzas, especialmente após precipitação, em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente e com o Instituto de Conservação da Natureza, anunciou esta sexta-feira a empresa.
Assim, na Albufeira da Ferradosa, em Freixo de Espada à Cinta, foi considerado “prudente” a implementação de medidas de estabilização de emergência, que permitem a retenção/deposição das cinzas.
“Neste caso, foi aplicado geotêxtil em quatro linhas de água por forma a conter a mobilização de cinzas e sedimentos e assim proteger as massas de água da albufeira”, adianta a Águas do Norte em comunicado.
A empresa refere que “tem também vindo a reforçar a monitorização da qualidade da água nas origens”.
“Esta vigilância intensificada permite uma resposta mais célere a potenciais contaminações e assegura a proteção da saúde pública”, sublinha.
“As entidades envolvidas reiteram o seu compromisso com a sustentabilidade dos recursos hídricos e a garantia de abastecimento público em condições de qualidade e segurança, reconhecendo a relevância das soluções de infraestrutura verde e da cooperação institucional como instrumentos determinantes para a resiliência ambiental do território”, afirma.
A Águas do Norte é a entidade gestora do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Norte de Portugal, em “alta” (prestados aos municípios), é responsável pela captação, tratamento e abastecimento de água para consumo público e pela recolha, tratamento e rejeição de efluentes domésticos, urbanos e industriais e de efluentes provenientes de fossas séticas.
Assume ainda a exploração e gestão do sistema de águas da região do Noroeste, reunindo numa única entidade gestora, os serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais em “alta” e em “baixa” (prestados aos utilizadores finais, os munícipes), de forma regular, contínua e eficiente.