A flotilha com destino a Gaza partiu esta segunda-feira à tarde de Barcelona (pelas 19h00 de Portugal), após uma primeira tentativa no domingo ter sido interrompida devido a problemas de coordenação e ventos contrários superiores a 30 nós.
A saída envolve cerca de 20 embarcações, que deverão encontrar outros barcos provenientes de portos como Tunísia e Marselha no próximo dia 4 de setembro.
Os coordenadores da organização Global Sumud Flotilla, como Saif Abukeshek, afirmam que todas as atividades e materiais transportados são legais, que os voluntários receberam formação em não violência, e que pretendem chegar a Gaza apenas por águas internacionais, evitando entrar em águas sob controlo israelita. Abukeshek acusou Israel de agir “como piratas no mar”, recordando que barcos internacionais já foram intercetados e pessoas detidas ilegalmente em três ocasiões desde maio de 2025.
Integram a flotilha centenas de pessoas de 44 países, incluindo três portugueses: a deputada e dirigente do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
Além disso, o La Vanguardia destaca que a Associação Internacional de Especialistas em Genocídio aprovou uma resolução reconhecendo que as ações de Israel em Gaza cumprem critérios legais de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Melanie O’Brien, presidente da associação, afirmou que “não há justificação para a comissão destes crimes, nem mesmo em legítima defesa”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel considerou a resolução “vergonhosa e baseada inteiramente na campanha de mentiras do Hamas”. A flotilha permanece em navegação sob vigilância, com atenção internacional voltada para o desenrolar da missão humanitária.