A AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal manifesta, esta quinta-feira, a sua “profunda preocupação” com o impacto dos incêndios nas regiões mais afetadas, “com reflexos diretos e imediatos” nas atividades do alojamento turístico e da restauração e similares, e pede ao Governo apoios com uma “forte componente a fundo perdido”.
Com os incêndios a provarem cancelamentos de reservas e encerramentos de empresas, com “quebras significativas” na taxa de ocupação no alojamento e redução da procura em toda a atividade turística, a AHRESP admitindo que esta realidade “compromete de forma séria a sustentabilidade dos negócios e dos postos de trabalho”.
Face a esta situação, e apesar das medidas gerais de emergência, a AHRESP reuniu com o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Pedro Machado, tendo apresentado propostas objetivas que permitem “compensar as perdas já registadas e mitigar impactos futuros”.
A associação defende que, dada a especificidade destas perdas, os apoios devem assumir uma “forte componente a fundo perdido, garantindo liquidez imediata às empresas”, afirmando que prestará “o apoio necessário na instrução dos processos de candidatura das empresas afetadas”.
RESPOSTA SÉRIAS E EFICAZES
Com o verão a representar, tradicionalmente, o período mais importante para a atividade turística, sobretudo nos territórios de baixa densidade, a AHRESP admite que, “sem respostas rápidas e eficazes”, os incêndios poderão “comprometer não apenas a época alta de 2025, mas também a atratividade futura dos destinos afetados, com graves consequências para a economia local e nacional”.
A AHRESP adianta ainda que continuará a acompanhar de perto esta situação e manterá o diálogo permanente com o Governo, para assegurar “respostas rápidas, eficazes” e “alinhadas com a realidade das nossas empresas, que representam um dos principais motores da economia portuguesa”.
De referir ainda que, no âmbito do protocolo de colaboração estabelecido entre a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e a AHRESP, tem estado a ser articulado o envio de bens alimentares essenciais para os teatros de operações, destinados aos bombeiros que combatem no terreno. Esta iniciativa solidária tem sido possível graças ao contributo de várias empresas que se associaram a esta causa comum.