Donald Trump entende merecer o Prémio Nobel da Paz e, para isso, tenta acabar com a guerra na Ucrânia. Após declarações provocativas e a mobilização de submarinos nucleares, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) optou por mudar de abordagem e mandou o seu enviado especial, Steve Witkoff, a Moscovo.
A via diplomática resultou na confirmação de uma reunião entre o inquilino da Casa Branca e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, nos próximos dias.
O Nobel da Paz é um desejo antigo de Trump. “Se me chamasse Obama, teria ganho o Prémio Nobel em dez segundos. Ele ganhou o prémio, mas não sabia por que lho deram”, disse, em 2024.
Neste ano, o Presidente dos EUA entende que merece esta distinção, uma vez que, segundo ele, a Casa Branca interrompeu seis conflitos armados.
O chefe de Estado republicano reclamou, recentemente, a responsabilidade pelo cessar-fogo na fronteira de Tailândia e Camboja, após dias de guerra na região. Antes disso, Ruanda e República Democrática do Congo assinaram um tratado de paz em Washington, enquanto Índia e Paquistão negam que os EUA tenham intermediado conversas de paz entre os países.
A administração Trump também entende que houve influência americana para impedir um confronto entre a Sérvia e o Kosovo, ainda no primeiro mandato do Presidente, e Egito e Etiópia, apesar de o jornal em língua árabe “Al Araby Al Jadeed” noticiar que o Egito rejeitou uma proposta dos EUA para acabar com a disputa em torno da barragem do Nilo, na Etiópia, se o Egito permitisse que a população de Gaza fosse deslocada por Israel para a zona de Rafah, que faz fronteira com o país africano.
No caso de Israel e Irão, o conflito terminou após o bombardeio americano a usinas nucleares iranianas. O país persa chegou a retaliar contra a base dos Estados Unidos em Al Udeid, no Catar, mas não causou grandes danos.
Com Expresso