A Iniciativa Liberal considera “inaceitável “a “degradação progressiva” do Hospital de São João de Deus, em Famalicão, unidade de saúde de “referência regional, enquanto o Estado se mostra ineficaz e indiferente”.
O comunicado dos núcleos de Famalicão, Trofa e Santo Tirso IL surge na sequência da notícia do JN dando conta que ASAE abriu um processo de contraordenação ao hospital de Famalicão por falhas na cantina, incluindo falta de higiene, informação confirmada pela própria autoridade, que fez a inspeção no âmbito de uma operação nacional a refeitórios de hospitais.
Os liberais exigem “uma rápida identificação das necessidades de melhorias na cantina e uma diligente ação de colmatação das falhas»; o reconhecimento da “importância estratégica” do Hospital de Famalicão para o Médio Ave; e a elaboração de um plano de médio prazo que “reforce a resiliência do hospital e a sua capacidade de prestar cuidados de saúde de qualidade”
Exigem ainda uma gestão “mais eficiente, transparente e com maior autonomia local”.
“INADIMISSÍVEL”
No comunicado conjunto, a IL afirma que Hospital de São João de Deus “tem sido vítima de anos de desinvestimento e ausência de uma estratégia eficaz por parte do Estado”.
“As consequências estão à vista: infraestruturas envelhecidas, tempos de espera elevados e condições de trabalho cada vez mais precárias para os profissionais de saúde que nele trabalham. O facto de também agora a cantina apresentar falhas significativas, que colocam em risco a saúde de utentes e profissionais de saúde, é inadmissível, exigindo-se uma resposta célere e eficaz da administração e Ministério da Saúde, de forma a que as condições de segurança sejam repostas”.
O caso do hospital famalicense leva o partido a reiterar a defesa de uma reforma estrutural do Serviço Nacional de Saúde, que passe por mais autonomia de gestão, maior responsabilização e liberdade de escolha para os cidadãos
Para a IL, “O atual modelo centralizado falha sistematicamente em responder às necessidades reais das populações e à urgência de modernização das unidades hospitalares como o Hospital de Famalicão”, diz, sublinhando que o sector da saúde não pode continuar “a ser refém da inércia estatal. O Estado deve estar ao serviço dos cidadãos — não o contrário”.
Fernando Gualtieri (CP7889)