Braga celebra a grandiosidade dos seus tempos fundacionais com a recriação de Bracara Augusta, de 21 a 25 de maio. Para o fazer recorre (também) ao que há de mais avançado tecnologicamente, com um espetáculo de media arts sobre o legado de Bracara Augusta, a grande novidade desta edição.
Deste modo, na sua 21.ª edição, a Braga Romana volta a destacar-se como “um marco cultural de elevado impacto comunitário”, especialmente no ano em que Braga assume o título de Capital Portuguesa da Cultura.
Mais uma vez, o centro histórico prepara-se, assim, para uma nova viagem no tempo. Durante cinco dias, a cidade transforma-se novamente na antiga urbe romana, mergulhando os visitantes numa atmosfera vibrante que une história, património e identidade cultural.
O espetáculo de media arts sobre o legado de Bracara Augusta promete ser um dos momentos altos desta celebração. Esta instalação interativa, a decorrer no Largo D. João Peculiar, reconstrói de forma inédita a grandiosidade de Bracara Augusta, oferecendo uma experiência imersiva onde memória e inovação caminham lado a lado, num momento verdadeiramente inesquecível.
Câmaras e sensores captam as formas e os movimentos, e os participantes veem a sua figura projetada, num recuo bimilenar no tempo, como autênticos bracarausgustanos.
CELEBAR IDENTIDADE COLETIVA
Na apresentação do evento, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, referiu que a Braga Romana é a “afirmação do orgulho que os bracarenses sentem pela sua história e pela sua identidade coletiva”.
“Ao recriarmos Bracara Augusta, não homenageamos apenas o passado — celebramos também a vitalidade e a criatividade da nossa comunidade que, ano após ano, transforma as ruas da cidade num verdadeiro palco da memória”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Braga, esta terça-feira, na apresentação do evento.
Ricardo Rio apontou a Braga Romana como uma “afirmação do orgulho que os bracarenses sentem pela sua história e pela sua identidade coletiva”.
A autarca sublinhou que o evento reflete o forte espírito de comunidade que distingue Braga, enaltecendo a participação de escolas, associações, entidades diversas e população nos cinco dias da iniciativa.
Outro destaque desta edição Destaque é a exposição ‘Bracara Augusta. 2040 anos de história’, com coordenação científica da Unidade de Arqueologia da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. A exposição está patente no pátio exterior do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa e tem como objetivo o legado romano da cidade. No dia 16 de maio, às 18h00, realiza-se uma visita guiada à exposição.
À semelhança dos anos anteriores, o público poderá também assistir ao Cortejo Triunfal, aos rituais de Batizado e Casamento Romano, ao espetáculo CIRCUS MAXIMUS, no Largo do Pópulo, e ao tocante Funeral Romano. O simbólico Rito Fundacional de Bracara Augusta volta também a marcar o reencontro com o espírito ancestral da cidade.
À ‘boleia’ de BragaRomana, a Câmara de Terras de Bouro promove uma nova edição da Geira Romana, evento que pretende recriar o quotidiano e os costumes dos romanos.
BRAGA ROMANA EM NÚMEROS
A cerimónia de abertura, Ludi Florei – Florália, no dia 21, às 10h30, conta com cerca de três mil participantes de 22 escolas e 10 instituições locais, numa evocação festiva da primavera romana.
A programação aposta fortemente na vertente educativa, com 38 visitas guiadas e oficinas. Para os mais pequenos, estão previstas mais de 160 atividades pedagógicas, desde aulas de latim e oficinas de cerâmica a encenações e jogos romanos.
A Braga Romana 2025 conta cerca de 160 apresentações espalhadas por seis palcos emblemáticos — Praça Municipal, Rossio da Sé, Largo do Pópulo, Largo S. João do Souto, Largo de Santiago e Largo D. João Peculiar — transformando o centro histórico num verdadeiro cenário romano.
Ao todo, são 72 horas de programação, com 163 atividades pedagógicas e 13 áreas cenográficas.