Justiça espanhola decretou que todos os autarcas que ofereçam as instalações municipais que tutelam para a realização do referendo convocado pelo presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, devem ser detidos.
O Ministério Público espanhol admitiu esta quarta-feira estar a investigar mais de 700 autarcas da Catalunha que estarão alegadamente a colaborar com o Governo regional para a realização do referendo de independência da região. Madrid lembra que a consulta popular foi suspensa pelo Tribunal Constitucional e dá ordens à polícia para impedir e prender os autarcas que aqueles que defendam a sua realização.
A ordem judicial para a detenção dos autarcas pró-separatistas foi dada pelo procurador José Manuel Maza e estabelece que todos os autarcas que ofereçam as instalações municipais que tutelam para a realização do referendo convocado pelo presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, devem ser detidos. Os detidos serão depois presentes ao juiz e condenados caso não apresentem testemunhas que desmintam a sua ligação ao movimento separatista.
O Ministério Público deu directrizes a “todas as forças da polícia” – Guardía Civil, Polícia Nacional e Mossos d’Esquadra (polícia catalã) – para “apreenderem os meios ou instrumentos destinados a preparar ou organizar o referendo ilegal”. A polícia deve confiscar “urnas, boletins de voto, manuais para os membros das mesas, impressos eleitorais, propaganda eleitoral, elementos informáticos, assim como todo o material de difusão, promoção ou execução do referendo”.
Carles Puigdemont diz que o referendo, convocado para dia 1 de Outubro, está para se manter, apesar de a Justiça espanhola ter suspendido o referendo na semana passada, como medida tutelar. A região da Catalunha é a mais rica de toda a Espanha, representando 19% do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol.
Fonte: Jornal Económico